sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O natal pra mim





Natal é aquela época do ano
que espalha paz, alegria e amor!
É bom receber votos de boas festas de pessoas
que a gente nunca viu antes
e emendar um "pra você também"!
É um momento de corrida pra comprar presentes,
as ruas ficam cheias e o trânsito impossível!
E eu ando distraída pela cidade.
Vou garimpando uma coisa aqui e outra alí,
tentando descobrir o que agrada a um ou combina com o outro.
E quanto a mim, procuro agradecer!
Pelo sorriso no rosto da minha filha.
Pela voz da Bela cantando, afinada, as músicas que aprendeu na escola.
Pelo Rafa, esperto, apontando com o dedinho
para o robozinho cibernético que eu acabei de dar para ele.
Por estar todos os anos ao lado da minha mãe e dos meus irmãos.
A estrada não é fácil, mas nós ainda estamos juntos nela.
O Natal é também um tempo de saudade pra mim.
Impossível não lembrar do meu pai.
Ele adorava essa data. Não fico triste.
Sei que a vida é mesmo assim...
São os seus mistérios que fazem-na tão interessante!

F.



segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Uma prova de amor


Parecia ser aquele típico blockbuster...estrelas de Hollywood, uma história pouco convincente. Uma menina que entra na justiça contra os pais pra garantir o direito de decidir sobre o seu próprio corpo. Pensei que era só mais um desses filmes bobos, com crianças transvestidas de adultos. Um engano. Terminei de ver o filme com lágrimas nos olhos. A questão é delicada, pois aborda-se o direito à morte. Fiquei comovida. É realmente muito querer que uma mãe aceite que chegou a hora do filho partir. Tô até agora com o filme atravessado na garganta.

À Deriva

Do quê se trata? Daqueles momentos em que as ilusões se despedaçam e os filhos se dão conta de que os pais não são perfeitos. E o marido percebe que pode odiar a mulher que amou. E a mulher percebe que pode amar outro. E todos tentam fingir que nada aconteceu, mas já não é possível. A vida segue, mas não mais como era antes.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Persépolis

Persépolis

Quando o filme começou, a Gi disse que não estava muito interessada. Animação em preto e branco? Virou de lado na cama e fez que ia dormir.

Pouco tempo depois, lá estava ela, vidrada, acompanhando a história. Assistiu a tudo, sem fazer comentários. Depois que acabou o filme, voltou a virar pro lado e dormiu.

Três dias depois, ela veio me contar que andava com medo por causa do filme, mas não sabia direito porquê. Eu ajudei, falando que devia ser porque a história era sobre guerra, desilusões amorosas, viver longe da família, morte, ou seja, tudo o que a gente mais teme. Ela concordou e emendou: o resto dá pra aturar, mas isso de viver forçado longe da família é o fim. E depois comentou que a protagonista era uma azarada no amor.  Achei graça. Nós duas chegamos à de conclusão que Persépolis é um filme que provoca certa angústia, e angústia dá medo. Concordamos também que é um filme bom, bem escrito, realista, bem diferente das animações usuais. Achei que a conversa tinha terminado, quando ela sorriu e finalizou:

- Mãe, que maluquice era aquela das flores no soutien da vó da menina? E colocar os seios na bacia com água gelada de manhã? Pra quê, ela já estava velha, era viúva!
- Filha, isso se chama auto estima, e significa a gente gostar do nosso corpo sem o compromisso de que ele também seja admirado pelas outras pessoas.

Persépolis mostrou que o amor floresce também onde há maldade, nem que seja como amor próprio!

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