sábado, 18 de abril de 2009

Gandhi



Mahatma Gandhi - "O iluminado"



Gandhi acreditava que precisamos ser a mudança que queremos ver no mundo. Eu acho esse um dos pensamentos mais geniais e complexos que existem. Pra mim, funciona como aquela frase proncunciada por ninguém menos que Jesus Cristo: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei". Simples, verdadeiro, mas extremamente difícil, uma real possibilidade do mundo se tornar um lugar melhor pra vivermos...


Gandhi tinha espírito revolucionário, queria ver mudanças. Era um revolucionário à sua maneira. Um revolucionário pacifista. Entendia que mudanças são a ponta solta do grande novelo de lã que é a história do mundo. Elas acontecem... basta que alguns puxem a ponta, que o resto desenrola... Ele pregou revolução sem violência. Eu admiro essa coragem. É que ainda sinto, às vezes, ímpetos de estrangular algumas pessoas. Também não sou Gandhi, né? rs.


"In a gentle way you can shake the world" ...

Isso é muito muito evoluído. Tão evoluído que é simples, leve, ao mesmo tempo, contudente. Tão evoluído que não ecoa na maioria dos mortais ouvidos que aqui habitam. Para uma minoria de indivíduos visionários e altruístas, contudo, essas palavras são música para os ouvidos e fazem todo o sentido do mundo.


"Recognize that everything you do, every step you take, every sentence you write, every word you speak-or DON’T speak–counts. Nothing is trivial. The world may be big, but there are no small things. Everything matters"...

E assim aprendo lições a cada dia. Dessas palavras tiro forças para apaziguar sentimentos por pessoas que, de outra forma, estariam na minha lista de "seres desprezíveis" (rs, eu não tenho essa lista!). Não, ninguém é desprezível. Por pior que seja uma pessoa ou por pior que seja o que ela tenha feito, ela conta. E merece consideração. Não precisamos ser a consciência de ninguém. Cada um de nós conhece (ou deveria conhecer) seus abismos. Se tivermos que fazer algum gesto, que seja o de puxar alguém do abismo e não o de empurrar.

"Take personal responsibility. Never think “it’s not my job” or “What can I do, I’m only one person.” You don’t need everyone’s cooperation or anyone’s permission to make changes. Remember this little gem, “If it’s to be, it’s up to me"...

Não adianta a gente espernear, fazer birra. A ação pode até ser coletiva, mas a responsabilidade é sempre individual. Acordar para o mundo, refletir sobre a nossa condição como parte dele, agir conforme a nossa consciência e valores. Isso, por si só, já transforma.

"In order for things to change, YOU have to change. We can’t change others; we can only change ourselves. However, when WE change, it changes everything. And in doing so, we truly can be the change we want to see in the world"...

Assim foi Gandhi... E essa é uma pequena parte do seu legado para a humanidade. Um alerta, um chamado pessoal para fugirmos da incrível tendência que temos de gritar mas, ao mesmo tempo, "lavar as nossas mãos" quando as coisas apertam. De agir de forma covarde com os outros e seguir achando que tá tudo bem, sem ao menos rever essa postura, sem tomar consciência de que as atitudes em relação ao outro contam. Enfim, gritamos muito, esbravejamos por aí, ficamos comovidos e até mesmo revoltados com situações chocantes que se multiplicam em nosso dia a dia. Mas como conduzimos a nossa vida? Como retribuímos a confiança que recebemos do outro? Muitos consideram aceitável trair as pessoas, enganá-las. Depois é só fazer papel de vítima, bolar uma "cara de paisagem" e continuar... É assim mesmo? Não, não é assim não! Deixo então uma pergunta, inspirada em Gandhi:

Até que ponto não estamos sendo o mero reflexo de tudo o que mais odiamos no mundo? Se acharmos que a resposta pode ser de algum modo positiva, precisamos lembrar que sempre é possível mudar... dar o primeiro passo.

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