
A vida dá muitas voltas. E fica tonta por aí.
Não é ela que me leva, sem eu ao menos pedir?
Mas não importa, basta ver o que consegui.
Paisagem interior para olhar.
E todo o dia sempre o mesmo amor a amar.
No saldo de perdas e ganhos, não fecho as contas.
É que a matemática dos dias não se rende à lógica.
Há ainda a voz: sempre, tentativa e erro.
O problema é que nasci assim.
E quando erro, acerto.
Se ficava acuada, hoje espero sim.
Prefiro a iminência do abismo, a andar por caminhos ruins.
E sinto que sou exatamente o que sinto.
Sou oásis em meio a desertos.
Acima de mim, o infinito.
F.